Leviatã
Não olhes para trás
Enquanto desces a avenida
Dobra a língua
Amarra as lágrimas
Segura o passo que vacila
Representa o teu próprio sorriso
Os dramas épicos estão fora de moda.
Não deixes que eu te sinta
O sangue derramado
O olhar pálido
A palavra incolor
Bate a porta
Sem violência ou rancor
Deixa-me no quarto sozinha
Com a placidez das horas consumadas
Ouvindo-te o silêncio dos passos
Afastando-te de quem fui.
Joga o meu jogo
Entrega as copas
Juro-te que essa tua complacência
É o teu maior trunfo
Não tarda o Leviatã em mim
Se cansará de truques e de espadas
E aí, ainda que com a mão cheia de duques,
A última jogada será tua.
7 comentários:
Fascinante, só.
Bom Domingo*
Oiii samanta!
seu texto esta exoberante!
adorei!
beijoos
;**
gostei muito...
o modo como esolhes as palavras é excelenete e o sentimento que transmites é fantastico...
obrigado pelo comentário e passa lá mais vezes
Gostei muito*
Tenho dúvidas quanto a saber se os dramas épicos estão fora de moda... Tenho conhecido alguns! Belíssimo poema, que reli várias vezes!
Sempre bem escrito...
Achei este "jogo" fascinante. Quem ganha na última jogada?
bj
filipelamas, haverá sempre quem sacuda o pó às modas e lhes recrie o brilho original. E, apesar de tudo, não será essa nota disforme, desafinando a melodia, que a torna inesquecível? Eu gosto de pessoas do contra ;)
marta, às vezes dou por mim a pensar que, no fim, todos os jogadores perdem. Ou talvez o triunfo esteja no próprio prazer de jogar.
Afinal, tudo é possível.
Enviar um comentário